Um amor minucioso

Um amor minucioso

Recentemente, em nosso culto doméstico, fomos levados a meditar em parte do Salmo 104. Conforme o Luciano lia a passagem meu coração se enchia de alegria com a bondade de Deus em demonstrar um amor minucioso para com a sua criação. Sendo assim, minha oração é para que nesse momento de tantas lutas e dificuldades pelas quais nosso mundo está passando o seu coração se encha de alegria e esperança nas mãos do nosso Deus e de Sua bondade.

O Salmo 104 começa com a seguinte expressão no versículo 1: “Todo meu ser louve o Senhor. Ó Senhor, meu Deus, como és grandioso! Estás vestido de glória e majestade.” Interessante notar que o Salmista inicia o texto com o desejo incontido de louvar a Deus porque Ele é grande e poderoso, ou seja, não há outra coisa a fazer senão dar a honra devida a esse Deus.

Na sequência, o autor desse Salmo descreve a grandeza de Deus a partir de grandes fenômenos e atos da criação, tais quais: o céu estrelado, as nuvens, ventos, fogo, o mundo, as torrentes subterrâneas de água e os limites para que elas nunca mais cubram a terra. Mas, a partir do verso 10 o Salmista começa a direcionar a atenção do grande para o pequeno. Ele revela que Deus fez as fontes de água para que elas fossem derramadas nos vales e corressem nos riachos por entre os montes para que todos os animais bebam dessa água e matem a sede (Sl. 104.10-11).

Os versículos 12 e 13 revelam que as aves fazem ninhos junto aos riachos e cantam nas árvores, que Deus envia chuvas e que a terra se enche com o fruto do trabalho de Deus. O texto continua dizendo que Deus faz o pasto crescer para os animais e as plantas para as pessoas cultivarem. Ele permite, que da terra, tenhamos não só o alimento para nos saciar e dar forças, como também, o vinho que alegra o coração (talvez para nós sejam aquelas comidinhas supérfluas que tornam nossa vida mais doce), conforme os versículos 14 e 15.

Porém, o Salmo não termina no verso 15, ele retorna a atenção para o cuidado de Deus com a criação e nos versículos 16 a 22 as minucias falam do amor e cuidado de Deus para com as árvores, aves, animais domésticos e selvagens e mostra que todos eles são bem cuidados, têm alimento e lar porque Deus lhes provê.

O verso 23 mostra que as pessoas saem para o serviço e trabalham até o entardecer, de certa forma remetendo que por meio do trabalho Ele providencia nosso alimento e lar.  O autor desse Salmo continua:

Ó Senhor, que variedade de coisas criaste! Fizeste todas elas com sabedoria; a terra está cheia de tuas criaturas […] Todos dependem de ti para lhes proverem o alimento de que necessitam. Quando tu lhes dás, eles o recolhem; abres a mão para alimentá-los, e eles ficam satisfeitos. Se te afastas deles, porém, enchem-se de medo; quando lhes retiras o fôlego, morrem e voltam ao pó […] Que a glória do Senhor permaneça para sempre; o Senhor tem prazer em tudo que criou!

(Sl. 104. 24-31 – grifo meu)

O salmista nos leva a enxergar nossa dependência completa de Deus, como precisamos de que Ele nos sustente em todas as áreas da nossa vida. Não temos forças, controle e autonomia para nada, necessitamos do amor e misericórdia de Deus. Esse Salmo também nos mostra que Deus tem prazer em sua criação e por isso cuida dela, do menor ao maior.

Diante dessa realidade não há como não louvar a Deus de todo coração. Um Deus grande e poderoso que trabalha, cuida e tem prazer na sua criação, Ele mostra seu cuidado tanto com os seres mais frágeis quanto com os mais fortes. Por isso sou levada a me juntar ao Salmista: “Cantarei ao Senhor enquanto viver, louvarei meu Deus até meu último suspiro. Todos os meus pensamentos lhe sejam agradáveis; no Senhor me alegrarei” (Sl. 104. 33-34- grifo meu).

TAGS:

Bianca Bonassi

Bianca Bonassi é casada com Luciano, mamãe de dois filhos lindos e é membro de nossa igreja. Ela é professora, doutora em Comunicação e tem usado o talento da escrita na edificação de vidas.
Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

.cata-page-title, .page-header-wrap {background-color: #e49497;}.cata-page-title, .cata-page-title .page-header-wrap {min-height: 250px; }.cata-page-title .page-header-wrap .pagetitle-contents .title-subtitle *, .cata-page-title .page-header-wrap .pagetitle-contents .cata-breadcrumbs, .cata-page-title .page-header-wrap .pagetitle-contents .cata-breadcrumbs *, .cata-autofade-text .fading-texts-container { color:#FFFFFF !important; }.cata-page-title .page-header-wrap { background-image: url(https://www.blogmpiba.piba.org.br/wp-content/uploads/2020/05/Design-sem-nome-5.png); }.cata-page-title.cata-page-title-image.cata-use-overlay .page-header-wrap:before { background: rgba(0, 0, 0, 0.3); }