
A Páscoa está chegando e esse ano será bem diferente! Abril de 2020 ficará marcado na história mundial como o ano do COVID-19. Nas últimas semanas esse tem sido o assunto de muitas conversas, textos, postagens etc. Mas, a Páscoa não pode ser ofuscada por uma praga mundial. Sendo assim, tenho orado e pensado em qual trecho faria minha meditação e me veio à mente a primeira Páscoa. Sendo assim, compartilho com você esse texto e oro para que o seu coração vá além do que tem sido o tema do momento.
Há muitos e muitos anos atrás, o povo de Israel sofria como escravo no Egito. A vida era difícil, mas o tempo de Deus tinha se cumprido e havia chegado a hora de libertar seu povo da escravidão. Por isso, Deus chamou Moisés e Arão para conduzir essa libertação. No entanto, o Faraó do Egito não queria deixar o povo de Israel partir, então, Deus enviou uma série de pragas para mostrar o seu poder. As pragas uma após a outra foram: transformar a água do Rio Nilo em sangue, invasão de rãs, infestação de piolhos, enxames de moscas, morte dos animais, feridas purulentas, chuva de granizo, infestação de gafanhotos, escuridão e morte dos primogênitos (conforme Êxodo 7 a 11). No entanto, antes da última praga (morte dos primogênitos) Deus apresentou o que seria a Páscoa e como ela deveria ser celebrada.
Mas, algo muito interessante estava por acontecer, ao mesmo tempo em que ocorreria a praga mortal também aconteceria a libertação da escravidão. Morte para uns e vida para outros!
Observe o que a Palavra de Deus apresenta sobre a primeira Páscoa:
“Cada família escolherá um cordeiro ou cabrito para fazer um sacrifício […] o animal deverá ser sem defeito […] Nesse dia, toda comunidade de Israel deverá sacrificar seu cordeiro ou cabrito ao anoitecer […] Em seguida, tomarão um pouco de sangue e o passarão nos batentes laterais e no alto das portas onde comerem os animais […] Estejam vestidos para a viagem, de sandália nos pés e cajado na mão […] Nessa noite, passarei pela terra do Egito e matarei todos os filhos mais velhos e todos os primeiros machos dentre os animais da terra do Egito. Executarei juízo sobre todos os deuses do Egito, pois eu sou o Senhor. Mas o sangue nos batentes das portas servirá de sinal e marcará as casas onde vocês estão. Quando eu vir o sangue, passarei por sobre aquela casa. E, quando eu ferir a terra do Egito, a praga de morte não os tocará.”
(Êxodo 12. 3-13 NVT – grifo meu).
Morte para uns e vida para outros!
No Egito, a primeira Páscoa marcou um símbolo espiritual. Depois de milhares de anos ocorreu uma Páscoa muito maior e mais importante, conforme os evangelhos nos apresentam (Mateus, Marcos, Lucas e João). Jesus, o Filho de Deus, se tornou homem, viveu entre os seres humanos e foi o Cordeiro sem defeito. Jesus morreu na cruz como sacrifício em nosso lugar e Ele venceu a morte ao ressuscitar no terceiro dia. O sangue dele não foi passado nas portas, mas pode cobrir todo aquele que deseja ser salvo da praga mortal, que é o pecado. Nascemos contaminados com essa praga que é muito mais letal do que COVID-19 e o mundo inteiro está contaminado.
O sangue de Jesus serve como o sinal que marca e concede vida a todos quanto o aceitarem como Senhor e Rei de suas vidas. Porém, todos que recusarem o sacrifício de Jesus serão mortos. Da mesma forma como aconteceu no Egito, o sangue é o sinal. Naquela época era o sangue de um animal, hoje é o sangue de Jesus.
Por isso, vamos celebrar a verdadeira Páscoa em Jesus:
“Porque Deus amou tanto o mundo que deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. Deus enviou seu Filho ao mundo não para condenar o mundo, mas para salvá-lo por meio dele. Não há condenação para quem crê nele. Mas quem não crê nele já está condenado por não crer no Filho único de Deus.”
(João 3. 16-18 NVT – grifo meu)