Vamos ser realistas! Lidar com o tema expectativas não é algo fácil. Mulheres lidam com a tendência de criar expectativas sobre tudo. Desde como estará meu cabelo amanhã quando eu acordar, até em com quem irei me casar. Nessa batalha desleal de lidar com essas expectativas, passamos então, a não querer criar expectativas!
Mas, será que é isso que Deus quer para nossas vidas? Será que Deus não quer que nós sonhemos ou planejemos?
Bom, vou adiantar um ponto da nossa conversa de hoje para que você não fique tão ansiosa. Sim, você pode criar expectativas! Mas, agora vamos conversar sobre quais são as expectativas bíblicas e quais são as expectativas pecaminosas.
Quando olhamos para a significado da palavra expectativas, temos a seguinte informação: “Estado de quem espera algum acontecimento, baseando-se em probabilidades”. Isso é o que nosso amigo “Aurélio” nos informa sobre a tal da expectativa. Em uma maneira simples, nada mais é que: quando criamos possibilidades, ou quando lidamos com o temido tempo de espera. E sabemos que quando estamos esperando por algo, sabemos que há a possibilidade de isso acontecer ou não. Deve ser por isso, que tantas pessoas dizem para não criarmos expectativas, por medo das decepções.
Será que deixar de fazer algo pela possibilidade de acontecer ou não deve ser o que me motiva? Certamente, não. Nós podemos fazer planos como vemos em Provérbios 16:1, porém é nesse mesmo versículo que vemos de onde provém a resposta aos nossos planos – de Deus.
Então, se podemos fazer planos/ ter expectativas, qual é o problema que delas? Simples. Olhando para a motivação que você tem por trás da expectativa. Não sou muito boa com ilustrações ou aplicações, por isso escolhi duas histórias bíblicas que nos mostram como podemos ter motivações corretas ao criar expectativas e assim lidar com elas sem medo.
Vou resumir as histórias e te incentivo fortemente a lê-las em sua Bíblia.
A primeira história é a de Ana, mãe de Samuel. Ana tinha um sonho: ter um filho. Ela sofreu muito por isso, mas transformou seu sofrimento e angústias em orações para Deus. Ela pediu a Deus um filho, além disso fez um voto com o Senhor de entregá-lo ao serviço dEle. Ana teve Samuel e o entregou para servir no templo quando pequeno (1 Samuel 1.1-28).
A segunda história é a de Raquel, mãe de José e Benjamim. Raquel tinha um desespero em ter um filho. Ela entrega sua serva para ter filhos no lugar dela – e continua desesperada. Deus em sua imensa graça lhe dá José. (Gênesis 30.1-24). Porém a história não acaba assim. José o filho tão amado é dado como morto (em paralelo leia a história de José: Livro de Gênesis capítulos 37,39,40-42). Raquel após “perder” seu filho José, está prestes a dar a luz a Benjamim, mas acaba morrendo no parto (Gn35.16-20), sem saber que José estava vivo.
São histórias que mostram duas expectativas e reações ao desejarem ter filhos. Ana orou, esperou e entregou seus sonhos diante de Deus e é lembrada como exemplo disso. Raquel queria a qualquer custo um filho, mas acabou “perdendo” um e morrendo no nascimento do outro. Qual é a diferença entre as duas? A motivação. Ana estava com a motivação em agradar a Deus e colocá-Lo em primeiro lugar. Raquel por sua vez estava com a motivação de agradar a si mesma, ou seja, ela estava sendo idólatra.
Idolatria é qualquer coisa, pessoa que tome o lugar de Deus em sua vida. Raquel ergueu um ídolo em seu próprio coração. Ela não confiou na soberania de Deus, no tempo de Deus. Apenas quis dar seu jeitinho para que as coisas acontecessem.
Será que temos sido mais como Raquel ou como Ana em nossas vidas?
Será que você tem colocado Deus acima de seus prazeres? De seus desejos? De seus sonhos?
Será que Deus é mais importante para você, do que seu sucesso profissional? Do que passar naquela maravilhosa faculdade? Aquela que vai te fazer ficar longe da igreja? Ficar longe daquelas pessoas que estão te ajudando a crescer em Cristo?
Será que Deus é mais importante para você do que aquele menino lindo que é “quase crente”?
Será que Deus é mais importante para você do que ser a mais popular da escola?
Se você tem negociado seus princípios por desejos está na hora de você rever suas escolhas!
Expectativas bíblicas são aquelas que sonhamos, oramos e esperamos que Deus nos presenteie segundo a Sua vontade, não aquelas que manipulamos e passamos pelos princípios bíblicos para obtê-las.
Você pode ter sucesso profissional, desde que isso não a faça negociar sua fé, seu tempo com Deus e seu relacionamento com a igreja.
Você pode ter um namoro saudável (puro e sem mácula) visando o casamento, desde que faça isso sobre aprovação dos seus responsáveis e principalmente sob os ensinamentos de Deus. No tempo certo com uma pessoa da mesma fé para a glória de Deus e não por simples querer.
Você pode ser popular na escola desde que isso seja devido a sua vida piedosa. Vivendo princípios bíblicos e demonstrando Cristo.
Tenha expectativas bíblicas, com as suas motivações em glorificar a Deus em primeiro lugar e com amor ao próximo (Marcos 12:30,31). Lembre-se o coração humano é uma fábrica de ídolos, ele pode transformar qualquer coisa boa no centro das nossas vidas, e se isso acontecer, saiba que você adquiriu um ídolo. Paulo em 1 Coríntios 10.14 nos instruí: “FUJAM DA IDOLATRIA”! Sejam fortes! No versículo anterior Paulo diz “que Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem suportar”.
Tenham esperança!
Afinal, nosso lugar não é aqui, que possamos manter nossos olhos fixos na verdadeira expectativa que não pode se frustra: Jesus voltará e nós levará para morar com Ele em sua glória (Filipenses 3:20-21).
Tenham esperança!
Onde Ele começou a boa obra ele vai completar (Filipenses 1:6).
“Alegrem-se na esperança, sejam pacientes na tribulação e perseverem na oração.”
Romanos 12.12
